A Polícia Civil identificou três suspeitos de integrarem uma quadrilha especializada em roubos no bairro do Campo Belo, Aeroporto, bairro de Moema e bairro do Jabaquara, na zona sul de São Paulo. A principal tática do grupo para obrigar as vítimas a entregarem seus bens consiste em escolher a pessoa mais frágil da família – criança, idoso ou pessoa com deficiência – e realizar sessões de espancamento. Em seguida, jogam líquido inflamável no ferido e ameaçam atear fogo.
A equipe da 1ª Patrimônio (Delegacia de Repressão a Roubos e Extorsões) do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado) esclareceu dois crimes do bando. Em um dos casos, ocorrido em junho, os acusados agrediram um deficiente visual, feriram um policial militar e conseguiram fugir quando um soldado fora de serviço tentou detê-los e acabou baleado pelos colegas de farda, que o confundiram com integrante do grupo.
A Polícia Civil informou que investiga há cerca de seis meses o grupo, que é composto por pelo menos oito indivíduos. Segundo a investigação, a quadrilha tem como base a favela da rua Alba, na Vila Santa Catarina, também na zona sul. A localização permite atacar áreas nobres da região percorrendo poucos kms. Parte dos objetos roubados, principalmente eletroeletrônicos, é comercializada entre os moradores da comunidade, segundo a polícia.
Foram identificados um homem de 26 anos, outro de 29 e outro de 39 anos. Os três acabaram flagrados em ações criminosas, mas não tiveram seus nomes ligados aos roubos violentos na região. Relatos de vítimas à polícia revelavam um detalhe importante de um integrante do bando: dentuço apesar de usar aparelho ortodôntico. Esse suspeito foi reconhecido por vítimas.
Segundo o delegado Francisco Solano, a ação do grupo é tão violenta que as vítimas têm receio de fazer o reconhecimento devido ao trauma durante o ataque.
– A quadrilha pratica de três a quatro roubos por semana.
Fonte: R7